terça-feira, 26 de junho de 2012


João-de-Barro


Nome popular: João-de-Barro.
Nome Científico: Furnarius Rufus.
Reino: Animalia.
Filo: Chordata.
Classe: Aves.
Ordem: passeriformes.
Família: Furnariidae.
Gênero: Furnarius.


Também conhecido por forneiro, por causa de seu característico ninho de barro em forma de forno.


Comprimento e Peso

Podem atingir aproximadamente de 18 a 20 centímetros de comprimento e pesa 49 gramas.


Particularidades

            Possui o dorso inteiramente marrom avermelhado (por isso o epíteto específico rufus).


Alimentação

Alimentam-se de larvas, insetos, pequenos moluscos e sementes.


Hábitos

Passa grande parte do tempo no solo, destacando-se por seu andar pausado característico, que alterna com pequenas corridas. São monógamos e os casais que se formam permanecem unidos por longo tempo. Defendem seu território ao longo de todo o ano, tanto a fêmea como o macho, mas podem pernoitar fora de sua área. Têm o hábito de cantar em dueto (macho e fêmea juntos, cada qual de um modo um pouco diferente) nos arredores do ninho em postura altiva e tremulando as asas, com um canto extremamente estridente.


Reprodução

            O casal se reveza na construção do ninho, uma estrutura em formato de forno, com 17 a 30 cm de diâmetro e uma altura de cerca de 20 cm, que pode pesar até 12 kg, embora a média seja de 5 kg. Divide-se em uma base ou plataforma, um vestíbulo estreito e uma câmara incubadora mais ampla, arredondada. Há uma parede de barro que separa as duas partes do ninho, para diminuir a passagem de ar e o acesso de possíveis predadores.  A entrada tem em geral uma forma elíptica ou em crescente. Seu material é o barro úmido, a palha e o esterco fresco. Dependendo do tipo de solo, a quantidade de esterco chega a ser maior do que a de barro (se o solo for arenoso). Todos os anos constroem um ninho novo, mas às vezes reformar um antigo. Também podem construir mais de um ao mesmo tempo. A construção leva de 2 a 18 dias, conforme a disponibilidade de material, mas se este falta podem interromper o trabalho e iniciar outro ninho quando as chuvas formarem novo barro. Depois de pronto o casal se ocupa em forrar a câmara incubadora (o que nem sempre ocorre) com fibras vegetais, pelos, cerdas e penas.
A fêmea coloca de 3 a 4 ovos brancos, que pesam de 4 a 7 g e medem de 27 a 29 mm de comprimento por cerca de 21 mm de diâmetro. A incubação, feita pelo casal, só inicia consistentemente após a postura do terceiro ovo, levando de 14 a 18 dias. À noite, porém, parece que a incubação fica a cargo da fêmea. Os filhotes pouco depois de nascerem já apresentam comportamento defensivo, silvando como cobras e atacando intrusos com os bicos abertos. Os filhotes são alimentados pelo casal durante um período que oscila entre 23 e 26 dias,depois disso estão prontos para voar e partir.
Em estado natural constroem ninhos em galhos baixos de árvores e troncos secos para nidificar, escolhendo pontos que possuam boa visibilidade do entorno. Em zona urbana, onde está perfeitamente adaptado, prefere postes elétricos, podendo construir também sobre edificações humanas. Não há relação direta entre a construção de ninhos e o período reprodutivo. A ave passa quase todo o ano envolvida em construções, às vezes mais de uma ao mesmo tempo, o que pode ser explicado pelo grande índice de perdas de ninhos por invasões de outros animais, acidentes com destruição e pela disponibilidade de barro fresco, que depende do regime de chuvas.
Curiosamente não utilizam o mesmo ninho por duas estações seguidas, fazendo um tipo de rodízio entre alguns ninhos e, na falta de um lugar adequado para construir um novo ninho, esta ave faz novas construções em cima ou ao lado dos antigos ninhos.


Ocorrência

É uma espécie nativa do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Ocupando uma vasta região, que vai do sul dos estados brasileiros de Pernambúco, Goiás e Mato Grosso, cobrem toda a parte leste da Bolívia, seguindo para o sul pelas encostas da Cordilheira dos Andes até a altura da Penínsola Valdez, na Argentina, espalhando-se destes limites até o litoral atlântico. A espécie tem invadido cada vez mais as cidades e, em virtude do desmatamento, que cria campos ou arborização rala, também sua zona de ocorrência está aumentado.


Habitat

Habitam campos de vegetação aberta, pastagens, cerrados, áreas urbanas e áreas rurais como chácaras e fazendas.

sexta-feira, 22 de junho de 2012


Ganso-Africano


Nome popular: Ganso-Africano.
Nome Científico: Anser Cygnoides.
Reino: Animalia.
Filo: Chordata.
Classe: Aves.
Ordem: Anseriformes.
Família: Anatidae.
Gênero: Anser.


É uma ave anatídea em perigo de extinção no estado selvagem, em virtude do alto grau de domesticação de difusão ao longo de vários países. Assim como o Ganso-Chinês (Ganso-Sinaleiro), o Ganso-Africano é também conhecido como Ganso-Sinaleiro.


Comprimento e Peso

Podem atingir aproximadamente 60 centímetros de comprimento, com envergadura de 1,20 metros. Quando adulto, atingem 8 quilos em média.


Particularidades

            São aves de guarda, conhecidas como Sinaleiras. Qualquer sinal de perigo começam a grasnar, podendo até atacar com seu bico. O macho tem o grasnar mais estridente e a fêmea, mais rouco.


Alimentação

Alimentam-se de gramíneas, folhagens, sementes, frutos e pequenos insetos.


Hábitos

Possuem hábito diurno e são aves terrestres e aquáticas.


Reprodução

Atingem sua maturidade sexual no primeiro ano. A partir dos oito meses e até os oitos anos de vida, os gansos estão aptos a procriar. Fazem seus ninhos no solo e no primeiro ano, botam de 20 a 30 ovos, quantidade que pode se elevar no ano seguinte. O período de reprodução se concentra nos meses entre julho e dezembro, com postura de um ovo a cada dois dias por ave. O período é de Incubação é de 28 e 30 dias.


Ocorrência

Ocorre na Eurásia e África. É uma ave migratória, com zona de nidificação natural na Mongólia, zona norte da China e zona sul da Federação Russa.


Habitat

Vive ao longo de charcos, lagos e rios próximos a campinas e pradarias. Habitam regiões de clima temperado, migrando para locais quentes durante o inverno.

Pomba-Asa-Branca


Nome popular: Pomba-Asa-Branca.
Nome Científico: Patagioenas Picazuro.
Nome em Inglês: Picazuro Pigeon.
Reino: Animalia.
Filo: Chordata.
Classe: Aves.
Ordem: Columbiformes.
Família: Columbidae.
Gênero: Patagioenas.


Também conhecida como Pomba-Trocal, Pomba-Trocaz, Pomba-Carijó (Rio Grande do Sul), Pomba-Verdadeira e Pombão. Antigamente conhecida pelo nome científico Columba Picazuro.


Comprimento e Peso

Podem atingir até 36 centímetros de comprimento, pesando 350 gramas.


Particularidades

            Possui uma faixa branca na parte superior das asas. Essa faixa fica mais perceptível quando a ave é vista no momento em que está voando. Essa espécie também se diferencia das pombas domésticas pelo tamanho. É uma das maiores espécies de pombos existentes em nosso país.


Alimentação

Como as típicas pombas, também ciscam o solo em busca de frutos pequenos, insetos e sementes.


Reprodução

Na época de reprodução constroem seus ninhos achatados com gravetos frouxamente entrelaçados. A fêmea bota um único ovo branco, com incubação variando entre 16 e 18 dias. O casal choca o ovo junto e cuidam do filhote até certo tempo. O filhote é alimentado com o “leite de papo”, massa composta pelo epitélio digestivo do papo, que é fortemente desenvolvido em ambos os sexos durante a época da criação. A substância é regurgitada no bico do filhote para que ele se alimente e na medida em que ele cresce são adicionadas as sementes. Após o período reprodutivo associa-se em bandos, executando migrações.


Ocorrência

Aqui no Brasil, pode ser encontrada do sul do país, nas regiões do Rio Grande do Sul, ao nordeste. É comumente encontrada na Argentina, e também no Paraguai e na Bolívia.

Habitat

É facilmente vista no sertão. Mas também podem ser encontradas na caatinga, em regiões de cerrado, capoeiras, matas do tipo ciliares e campos com árvores. Atualmente, devido à grande devastação de seu habitat natural, são vistas com bastante frequência em locais mais próximos das cidades (áreas urbanas).



Sapo-Cururu


Nome Popular: Sapo-Cururu.
Nome Científico: Bufo Ictericus (Nome Atual), Bufo Marinus (Nome Antigo).
Nome em Inglês: Cane Toad, Giant Toad.
Reino: Animalia.
Filo: Chordata.
Classe: Anphibia.
Ordem: Anura.
Família: Bufonidae.
Gênero: Rhinella.


Sapo-Cururu é o nome popular atribuído aos Anfíbios Anuros da família Bufonidae. No Brasil temos cerca de 65 espécies pertencentes a este grupo.


Comprimento e Peso

É considerado um gigante entre os anfíbios. As fêmeas podem atingir de 10 a 25 centímetros de comprimento, pesando 1,5 kilos e os machos medem entre 7,5 a 12,5 centímetros de comprimento, pesando 400 gramas.


Particularidades

É uma espécie terrestre que só utiliza a água em época de reprodução. Também são muito ativos no período da noite.
Possuem grandes glândulas paratóides, atrás dos tímpanos. Quando se sentem ameaçados, expelem por essas glândulas um líquido branco e leitoso com várias substâncias conhecidas como bufotoxinas, tóxicas para muitos predadores. Outra forma de se defenderem é inflando os pulmões para parecerem maiores do que já são.


Alimentação

Alimentam-se de insetos, capturados com sua língua ágil e pegajosa. Ao engolir fecham os olhos forçando-os para a cavidade bucal a fim de ajudar a empurrar os alimentos para a garganta.


Hábitos

Possuem hábito noturno e são terrestres e aquáticas, utilizando-se da água somente em época de reprodução.


Reprodução

Cerca de 4 a 36 mil ovos são expelidos em forma de cordões rodeados de muco transparente e gelatinoso, podendo alcançar até 5 metros de comprimento. Podem se reproduzir em qualquer época do ano, não existindo uma estação definida. Os ovos eclodem de 10 a 16 dias após a desova e deles nascem girinos que levam de 30 a 60 dias para se desenvolverem e sofrerem o processo de metamorfose até chegar à fase adulta.


Ocorrência

Desde o Nordeste ao Rio Grande do Sul, e também na Bolívia, Argentina e Paraguai. Foram inseridos em outros países como na Austrália, a fim de reduzir as pragas das plantações.


Habitat

É comum em regiões serranas, tanto no litoral como no interior.